Premiado por reprimir !!!

Bruno Schorcht, ex-capitão e atual major da PM, foi transferido do 12º BPM para o 20º BPM há 45 dias, e, depois que o Ministério Público ofereceu uma denúncia, acabou saindo do processo com uma promoção.

O marginal foi flagrado em março deste ano espirrando um spray de pimenta nos olhos de manifestantes em Niterói, o que foi registrado em foto. Dentre as vítimas da agressão policial estão duas crianças e a avó delas, que protestavam justamente contra o descaso do Estado após a tragédia no Morro do Bumba, onde houve um deslizamento de terra que matou dezenas de pessoas.

O Ministério Público carioca requereu a suspensão imediata dos envolvidos de suas funções policiais até que o processo da agressão fosse concluído. O MP afirmou que a medida “é extremamente necessária, porque os policiais militares denunciados demonstram que não têm vocação e aptidão para o exercício de função tão importante que é a de policiamento ostensivo”. No entanto, como todos os casos demonstram a função de policiamento ostensivo não tem nada de importante, é uma atividade criminosa institucionalizada.

O policial promovido responde desde o início deste ano, a outro processo criminal instaurado junto ao Tribunal do Júri de São Gonçalo, por crime de homicídio duplamente qualificado, “em atividade típica de extermínio”.

Os fatos demonstram que o objetivo real da polícia é o extermínio e repressão da população negra e pobre. Se assim não fosse, que sentido teria um policial participante de grupo de extermínio e agressor de crianças negras receber uma promoção a major? Recebeu promoção por ter executado pessoas e agredido crianças.

Dessa forma, também não existe argumento que justifique a ocupação militar de várias comunidades no Rio de Janeiro. E nem se sabe ao certo quantas pessoas são vítimas da brutalidade policial, já que o caso em análise se trata de um policial com prova fotográfica da agressão que cometeu. Demais casos sequer chegam ao conhecimento da justiça.

É mais um caso que devemos reivindicar o direito de autodefesa da comunidade negra, até porque quando a justiça resolve tomar alguma providência, o marginal sai promovido. revoltante!